Quão grande é a janela
Quão pequeno é o pinheiro!
A Grande Janela
De madeira e vidro é composta
Madeira usada de aduela
Vidro em quadrados sem resposta
O Pequeno Pinheiro
Oculto e exposto
Encontrou seu disfarçe alheio
Máscara que mostra o seu rosto
Apenas através dela
É possível vê-lo
Cada um possui uma parcela
Para tentar entendê-lo
Um quadrado exibe um galho
O outro uma mínima folha
Cada um crê só em seu cigalho
Encaixe? Não reconhecem como escolha
Ninguém viu a árvore completa
Porque ainda não chegou a hora
Mas logo avisará o profeta
Abrirá a janela e todos olharão para fora
E vislumbrarão:
Quão pequena é a janela
Quão grande é o pinheiro!
domingo, 22 de agosto de 2010
terça-feira, 27 de julho de 2010
Por que?
Era um dia como todos os outros, na verdade nem estava sol. Caía uma irritante chuvinha fina. Todos estvam ocupados, ou trabalhando ou estudando. Todos estavam irritados com coisas do cotidiano. Como sempre, peguei o mesmo ônibus LOTADO! Odiava pegar aquele ônibus, mas tinha sempre que o fazer.
Poesia? Era um daqueles dias que você esquece que ela existe. Não era nada inspirador.
Entretanto, naquele ônibus em meio à várias pessoas de cara amarrada, apenas por estarem apertadas no mesmo ônibus, estava um velhinho. Eu no lugar dele, estaria furioso! Primeiro por ser velho e ainda ter que andar de ônibus, e segundo por estar em pé. Na frente de um daqueles bancos preferências e não poder sentar nele pois uma garotinha de nove anos (no máximo) estava ocupando-o!
Porém, o velhinho parecia estar pouco se importando pois, estava sorrindo. Que belo sorriso! Fiquei curioso pra saber o porquê ele sorria tanto? Será que tinha ganhado no loteria? Pensei em várias coisas que me fariam sorrir assim. Quanto mais eu pensava, mais ficava curioso. Então não me conti e perguntei:
-Por que o senhor sorri tanto?
Ele olhou pra mim ainda sorrindo e fez uma nova pergunta:
-Por que você respira?
Poesia? Era um daqueles dias que você esquece que ela existe. Não era nada inspirador.
Entretanto, naquele ônibus em meio à várias pessoas de cara amarrada, apenas por estarem apertadas no mesmo ônibus, estava um velhinho. Eu no lugar dele, estaria furioso! Primeiro por ser velho e ainda ter que andar de ônibus, e segundo por estar em pé. Na frente de um daqueles bancos preferências e não poder sentar nele pois uma garotinha de nove anos (no máximo) estava ocupando-o!
Porém, o velhinho parecia estar pouco se importando pois, estava sorrindo. Que belo sorriso! Fiquei curioso pra saber o porquê ele sorria tanto? Será que tinha ganhado no loteria? Pensei em várias coisas que me fariam sorrir assim. Quanto mais eu pensava, mais ficava curioso. Então não me conti e perguntei:
-Por que o senhor sorri tanto?
Ele olhou pra mim ainda sorrindo e fez uma nova pergunta:
-Por que você respira?
sábado, 17 de julho de 2010
Fiz bem?
Sabia de "tudo", mesmo antes desse "tudo" virar um fato.
Não me lembro desde quando eu sabia, eu só sabia.
Não sei se aguém me contou ou não.
Só sei que tive que guardar segredo.
E se tornou fato.
Incrível eu também senti dor, mesmo sabendo.
Segurei a dor, precisei escondê-la.
A chuva caiu de leve, devagarzinho lavou aos poucos as almas das pessoas.
Mas não escondeu a chuva que vinha dos olhos delas.
A chuva fazia parte do fato.
Eu também sabia.
Felizmente, mais tarde os raios de sol pousaram macios sobre aquelas almas, secando-as.
Concluído o fato.
Ainda sinto a dor.
Ainda preciso escondê-la.
Ainda sei de "tudo".
A chuva não molhou minha alma, pois dos meus olhos não veio chuva.
Fiz bem?
Obs.: O fato era a morte.
Ana K. Santos
Não me lembro desde quando eu sabia, eu só sabia.
Não sei se aguém me contou ou não.
Só sei que tive que guardar segredo.
E se tornou fato.
Incrível eu também senti dor, mesmo sabendo.
Segurei a dor, precisei escondê-la.
A chuva caiu de leve, devagarzinho lavou aos poucos as almas das pessoas.
Mas não escondeu a chuva que vinha dos olhos delas.
A chuva fazia parte do fato.
Eu também sabia.
Felizmente, mais tarde os raios de sol pousaram macios sobre aquelas almas, secando-as.
Concluído o fato.
Ainda sinto a dor.
Ainda preciso escondê-la.
Ainda sei de "tudo".
A chuva não molhou minha alma, pois dos meus olhos não veio chuva.
Fiz bem?
Obs.: O fato era a morte.
Ana K. Santos
sábado, 3 de julho de 2010
Tranças
Já reparou? Quando fazemos tranças nos cabelos, deixamos por algum tempo. Ao desfazê-las: cada mecha de cabelo usada pra compor a trança, fica onduladinha e marcada pelo pentado. E isso demora um pouco pra voltar ao normal.
Acho que deve ser assim também com o amor.
Ana K. Santos.
Acho que deve ser assim também com o amor.
Ana K. Santos.
Piegas, chavão, clichê.
Alguma revista direcionada ao público jovem, realizava uma simples pesquisa entre os leitores. A pesquisa servia apenas como complemento de uma matéria sobre as "noitadas" dos jovens. A pergunta feita aos leitores era a seguinte: " O que você mais gosta na noite?". Eram simples as respostas, eram só o que qualquer adolescente diria: " gosto das baladas" ou " gosto da 'pegação' " ou qualquer coisa relacionada a festas e agitação. Foi em geral, o que todos os entrevistados disseram. Porém, um deles respondeu algo que não tinha nada a ver com o que os editores da tal revista queriam. E foi mais ou menos assim:
-Apesar de ser piegas, chavão, clichê. O que eu mais gosto na noite é saber que logo amanhecerá!
Realmente era piegas, chavão, clichê. Mas surpreendeu a todos, porque fazia todo sentido.
Ana K. Santos
-Apesar de ser piegas, chavão, clichê. O que eu mais gosto na noite é saber que logo amanhecerá!
Realmente era piegas, chavão, clichê. Mas surpreendeu a todos, porque fazia todo sentido.
Ana K. Santos
terça-feira, 22 de junho de 2010
Hipocondria
A atendente como de praxe chama o próximo da fila:
-Senha vinte e nove, por favor!
Espera um pouco e ninguém aparece, insiste:
-Vinte e nove!
Demora mais um pouco, desiste:
-Trint...
-Espera! To aqui!
Disse uma voz bem fina. A atendente olha pra frente, mas não vê ninguém.
-Aqui em baixo! - A voz novamente - Não alcanço o balcão!
A atendente olha pra baixo, e vê uma menina. A menina devia ter uns oito anos. Na ponta dos pés entrega a senha de papel. A atendente recebendo a senha pergunta:
-Com quem você está?
-Não estou com ninguém! Vim sozinha!
Responde a garotinha, com um ar de ofendida. A recepsionista já impaciente insiste:
-Você precisa de um responsável pra ser atendida.
-Mas é uma emergência, moça!
-Ah Meu Deus! Uma emergência! Então senta lá que o doutor já te chama.
-É mesmo! Que rapidez! Meu nome é Maria Eduarda.
-Ta bom. Agora senta e fica quietinha.
Ingenuamente, a garota senta ansiosa para ser chamada. Passa uma hora, duas, três. A garota continua esperando. Já está anoitecendo quando uma faxineira, que estava presente quando a menina fora "atendida" , fica com dó e resolve entrar também na brincadeira.
-Oi, eu sou a Doutora. Qual é o seu problema?
-Você é a Doutora?
-Claro! Diga o que tem?
-Então se você é médica por que está vestida com o uniforme da faxina?
A menina era mais esperta do que imaginara.
-Ah é que hoje faltou uma das faxineiras e eu estava ajudando. Quando terminei vim te atender.
-Ah entendi. Mas porque não vamos no consultório?
-Por que... - Droga ela não havia pensado nisso antes. -... O consultório está interditado.
O jeito era improvisar.
-Ah... Por isso a demora né?
-Exatamente!
Ufa! Ela estava acreditando.
-Então o que você tem? Dói alguma coisa?
-Eu estou ótima! Na verdade a doente não sou eu é minha irmã!
-Hum... Mas por que não foi ela quem veio?
-É que o problema dela é mental, por isso não aceita que está doente. Não quis vir. Então decidivir no lugar dela e contar eu mesma os sintomas!
-Entendo. Então conte o que ela tem?
-Bom ela começou a fazer coisas que não fazia antes!
-Por exemplo?
-Por exemplo, antes ela bricava comigo todo dia. Agora ela nem brinca mais nem comigo nem com ninguém, mas se mexo nas bonecas dela ela briga comigo! Não só briga comigo, mas briga com todo mundo! Antes eu entendia tudo que ela falava, agora ela fala de um jeito esquisito que parece outra língua não consigo entender nadinha!
-Hmmm... E o que mais?
-Ela começou e usar umas roupas esquisitas, que são pequenas de mais pra ela! Ela começou a recusar a sobremesa! Além disso, ela ta ficando meio surda porque vive co fones de ouvido e pra falar com ela tem que ser aos berros! Outro dias eu vi ela beijando uma foto e falando com a foto! Como falei Doutora minha irmã não está batendo bem... Você sabe qual a doença dela?
A faxineira se segura pra não rir e olhando muito sério pra garotinha diz:
-Sei o nome desse doença, é adolescência!
A menina arregala os olhos e pergunta preocupada:
-É grave?
-Não, mas demora a passar.
A menina fica aliviada de imediato. Mas logo começa a ficar visivelmente nervosa. A faxineira se contendo para não rir pergunta:
-Por que está nervosa?
A menina arregala de novo os olhos e pergunta:
- É contagioso?
Ana K. Santos.
-Senha vinte e nove, por favor!
Espera um pouco e ninguém aparece, insiste:
-Vinte e nove!
Demora mais um pouco, desiste:
-Trint...
-Espera! To aqui!
Disse uma voz bem fina. A atendente olha pra frente, mas não vê ninguém.
-Aqui em baixo! - A voz novamente - Não alcanço o balcão!
A atendente olha pra baixo, e vê uma menina. A menina devia ter uns oito anos. Na ponta dos pés entrega a senha de papel. A atendente recebendo a senha pergunta:
-Com quem você está?
-Não estou com ninguém! Vim sozinha!
Responde a garotinha, com um ar de ofendida. A recepsionista já impaciente insiste:
-Você precisa de um responsável pra ser atendida.
-Mas é uma emergência, moça!
-Ah Meu Deus! Uma emergência! Então senta lá que o doutor já te chama.
-É mesmo! Que rapidez! Meu nome é Maria Eduarda.
-Ta bom. Agora senta e fica quietinha.
Ingenuamente, a garota senta ansiosa para ser chamada. Passa uma hora, duas, três. A garota continua esperando. Já está anoitecendo quando uma faxineira, que estava presente quando a menina fora "atendida" , fica com dó e resolve entrar também na brincadeira.
-Oi, eu sou a Doutora. Qual é o seu problema?
-Você é a Doutora?
-Claro! Diga o que tem?
-Então se você é médica por que está vestida com o uniforme da faxina?
A menina era mais esperta do que imaginara.
-Ah é que hoje faltou uma das faxineiras e eu estava ajudando. Quando terminei vim te atender.
-Ah entendi. Mas porque não vamos no consultório?
-Por que... - Droga ela não havia pensado nisso antes. -... O consultório está interditado.
O jeito era improvisar.
-Ah... Por isso a demora né?
-Exatamente!
Ufa! Ela estava acreditando.
-Então o que você tem? Dói alguma coisa?
-Eu estou ótima! Na verdade a doente não sou eu é minha irmã!
-Hum... Mas por que não foi ela quem veio?
-É que o problema dela é mental, por isso não aceita que está doente. Não quis vir. Então decidivir no lugar dela e contar eu mesma os sintomas!
-Entendo. Então conte o que ela tem?
-Bom ela começou a fazer coisas que não fazia antes!
-Por exemplo?
-Por exemplo, antes ela bricava comigo todo dia. Agora ela nem brinca mais nem comigo nem com ninguém, mas se mexo nas bonecas dela ela briga comigo! Não só briga comigo, mas briga com todo mundo! Antes eu entendia tudo que ela falava, agora ela fala de um jeito esquisito que parece outra língua não consigo entender nadinha!
-Hmmm... E o que mais?
-Ela começou e usar umas roupas esquisitas, que são pequenas de mais pra ela! Ela começou a recusar a sobremesa! Além disso, ela ta ficando meio surda porque vive co fones de ouvido e pra falar com ela tem que ser aos berros! Outro dias eu vi ela beijando uma foto e falando com a foto! Como falei Doutora minha irmã não está batendo bem... Você sabe qual a doença dela?
A faxineira se segura pra não rir e olhando muito sério pra garotinha diz:
-Sei o nome desse doença, é adolescência!
A menina arregala os olhos e pergunta preocupada:
-É grave?
-Não, mas demora a passar.
A menina fica aliviada de imediato. Mas logo começa a ficar visivelmente nervosa. A faxineira se contendo para não rir pergunta:
-Por que está nervosa?
A menina arregala de novo os olhos e pergunta:
- É contagioso?
Ana K. Santos.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Querido Monstro
Os monstros presentes
Seguram meu coração
Tocam minha mente
E de repente, a aflição
Minhas mãos suadas
A pele incolor
Não se pensa em mais nada
Apenas sinto aquela dor
Pensamentos em vão
O desespero
Aguçando a imaginação
E somente espero
Que nada aconteça
Para me fazer chorar
Que não amanheça
Prefiro me cegar
A insegurança
Do que pode ocorrer
Resta apenas esperança
De um dia não sofrer
Começo a viajar
Na minha mente
Depois de acordar
Vejo-me doente
O medo me consome
Mas devo continuar
Ciente de que irei desmoronar
Quando outra ele beijar
Franciê Assis
( nossa querida FAMF que deixou eu indentifica-la)
Seguram meu coração
Tocam minha mente
E de repente, a aflição
Minhas mãos suadas
A pele incolor
Não se pensa em mais nada
Apenas sinto aquela dor
Pensamentos em vão
O desespero
Aguçando a imaginação
E somente espero
Que nada aconteça
Para me fazer chorar
Que não amanheça
Prefiro me cegar
A insegurança
Do que pode ocorrer
Resta apenas esperança
De um dia não sofrer
Começo a viajar
Na minha mente
Depois de acordar
Vejo-me doente
O medo me consome
Mas devo continuar
Ciente de que irei desmoronar
Quando outra ele beijar
Franciê Assis
( nossa querida FAMF que deixou eu indentifica-la)
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